Douro conquista Cidade Europeia do Vinho 2023
11 Julho 2022
”All Aroud Wine, All Around Douro” foi o lema da candidatura do Douro, que orgulhosamente venceu em Bruxelas, esta quarta-feira, tornando-se assim a Cidade Europeia do Vinho 2023. O Douro Património da Humanidade será uma referência europeia no vinho, na vinha, na cultura e na celebração harmoniosa da natureza. Nas palavras do Presidente do Município da Régua, José Manuel Gonçalves, no início do seu discurso de apresentação, “Esta candidatura é um dos maiores desafios coletivos que o Douro já assumiu em toda a sua História, materializando o desejo e o pulsar de toda uma região.” Por isto, o Douro assume-se como um desejo primordial na garantia do presente e do futuro do território, “construído com sangue, suor e lágrimas derramados por gerações de durienses”.
Entre as múltiplas razões que sustentam a candidatura, encontram-se o desiderato de assumir a missão das exportações nacionais e, principalmente, de estabelecer o vinho (e a vinha) como um meio preciso e tangível de desenvolver a economia da região.
Neste processo de candidatura a Capital Europeia do Vinho, apresentaram-se não só todos os municípios integrados na Associação, mas também todas as 19 autarquias que constituem a Comunidade Intermunicipal do Douro. A CIM Douro compreende os concelhos de Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Murça, Penedono, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real.
O Douro atravessa um momento difícil devido aos elevados custos de produção, fruto da orografia das vinhas e agravado pelo aumento dos preços dos produtos indispensáveis à viticultura, o que impede que esta região conheça o equilíbrio e a sustentabilidade económica. Esta conquista é uma oportunidade para o Douro atingir esse anseio. Os 19 autarcas da CIMDOURO estão preparados para dar corpo a esta vitória, juntamente com as entidades locais e regionais, bem como todos os 22 mil produtores, que reconhecem a urgência de valorizar o produto e enaltecer a região.
A candidatura poderá gerar uma oportunidade para a promoção do enoturismo da região e assim “podermos receber condigna e amplamente os visitantes, para mostrarmos o vinho como elemento estratégico e essência da nossa atividade económica. O Douro, património consagrado e aclamado à escala mundial, está preparado para o desafio. Um desafio que passa pelo crescimento turístico, assente no vinho, na vinha, na paisagem e no património”, disse José Manuel Gonçalves.