Quinta dos Frades
Folgosa
É uma das mais belas, mais
antigas e maiores propriedades do Douro. Surge debruçada ao rio, com as suas
encostas e casas, incluindo o mítico solar, a tornarem-se verdadeiros postais
da região, ilustrando essa que chamam uma das mais bonitas estradas do mundo, a
EN222. Mas, mais do que isso, a Quinta dos Frades é o expoente máximo da
qualidade e identidade dos vinhos do Douro, porque acolhe um dos mais extensos
patrimónios de Vinha Velha centenária da região, oferecendo vinhos que são
expressão genuína dos tradicionais field blends durienses, nos quais se
encontram mais de 20 variedades identificadas.
A História da Quinta dos
Frades funde-se com a afirmação da própria freguesia da Folgosa do Douro. Por
isso lhe chamaram, em tempos, a Quinta da Folgosa. E por isso os populares a
designam, ainda hoje, como a “universidade dos grandes homens da Folgosa”. A
propriedade está a caminho dos oito séculos de história e as origens
remontam ao século XIII, aquando da
sua doação aos monges do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, em 1256.
Administrada durante séculos pelos monges, Jerónimo de Almeida Brandão e Souza,
1º barão da Folgosa, arrematou-a em hasta pública em 1841.
Em 1941, o Comendador Delfim Ferreira, um
importante industrial e impulsionador da economia portuguesa no século XX, adquiriu-a
e iniciou um processo de reabilitação, modernizando infraestruturas de produção
e de lazer. O método de plantação das vinhas em declive livre foi
introduzido, substituindo as exíguas tradicionais vinhas em socalcos
murados.
Incluída nas Demarcações do Douro, realizadas entre
1757 e 1761, visíveis através de um marco pombalino na propriedade, a qualidade
do vinho foi reconhecida desde cedo e durante décadas foi produzido
exclusivamente para outras casas. Contudo, em 2008, a empreendedora quarta geração da família Delfim
Ferreira decidiu aproveitar as potencialidades das vinhas,
iniciando uma nova era e produzindo
o primeiro vinho de mesa com a marca “Quinta dos Frades”. O
reconhecimento conquistado levou à criação de novos vinhos de marca própria,
incluindo edições especiais dedicada
ao Comendador Delfim Ferreira, à sua esposa Dona Sylvia, e um
notável Vinho do Porto Vintage.
Os vinhos são produzidos a partir de vinhas velhas
com mais de 100 anos, plantadas a uma altitude entre 50 e 250
metros, com vinhas novas que atingem já a idade de 40 anos. A
presença da Touriga Franca destaca-se nas vinhas velhas como a grande casta do
Douro, adaptada tanto a vinhos de mesa como a vinhos fortificados. Algumas das
dezenas de variedades dominantes na Quinta dos Frades são Touriga Nacional,
Tinta Roriz, Touriga Francesa, Tinta Branca, Tinta Amarela, Tinta Carvalha,
Donzelinho e Rabigato. A exposição das vinhas a nascente e a poente é essencial
para a obtenção de equilíbrio nos diferentes anos agrícolas, conferindo assim
aos vinhos produzidos uma variedade de aromas, sabores e estrutura que garantem
a singularidade da Quinta dos Frades.
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